A vida é um filme com várias episódios compostos de história que vão se acomodando na memória, se transformando em novelas. Episódios felizes, infelizes, calmos, tumultuados, imcompreensívies, roubados, dublados... A trilha sonora, canção da aprendizagem, nem sempre embala as experiências vividas, desafinando o tom da vida.
Nos momentos difíceis meu marido sempre diz: _Calma o filme, a novela não acabou... você pode reescrever a história. Mas, como produzir, escrever a próxima cena, história, se os sentimentos as emoções se calam, a direção nos escapa,os atores se foram, perdemos o patrocínio e o controle?
É difícil aceitar que os personagnes da grande novela vida são autônomos. Vão e vem, passam por nós. Alguns chegam, se instalam, ficam... Outros esbarram causam comoções, viram tudo do avesso, vasculham esqueletos e se vão deixando preplexida, saudade... Outros partem contra vontade, fora da hora(??!!!) deixam um grande vazio e enorme saudade... Outros ficam morninhos, alguns sempre em cima do muro... Outros atrás de portas, na espreita... outros ficam alertas, protetores, amigos de todas as horas...Uns nos escravizam...suavemente ou escandalosamente com elos incoerrentes... Muitos interferem nas nossas falas, emudecem, empobrecem ou enriquecem nossas cenas. Somos autores e atores de nossas histórias. É importante estarmos atentos aos papeis que desempenhamos, pois eles demonstram as emoçoes que embalam nossas relações nos desnudando através do nosso modo de atuar. Se nem sempre merecemos aplausos, busquemos a compaixão por nós mesmos e a humildade para refazermos as cenas de modo diferente, mas acertivamente. Afinal a vida é uma escola com muitas chances de recuperação.