sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Nossas carências

Hoje estou pensando nas nossas carências afetivas. Me voltou a mente uma história da vida real que mais parece filme.
Filme, que prometia ser de amor mas que se tornou de terror.
A história era sobre uma pessoa adulta, que abandonou família, trabalho, e partiu com alguém que conheceu na internet, de quem só sabia o que ouvia ou lia na tela do monitor postado pelo próprio produtor.
Fantástico mundo virtual, que de certa forma concretiza a imaginação, permitindo que homens comuns assumam suas ilusões criando personagens diferentes de suas realidades, dando asas a imaginação, vestindo vida de cores e sentimentos idealizados, preenchendo o vazio das carências.
Carência, buraco enorme no peito querendo ser preenchido com afeto, carícias, paixão, aventura...
Carência que afoga a razão e cria as melhores expectativas.
Pois é, foi assim que a protagonista dessa história, alimentou seus sonhos e vestiu o produtor com suas melhores ilusões. Acreditou em tudo que ouviu e fantasiou. Não deu ouvidos aos: e se não for bem assim... Se nada do que ele diz for verdade... Se arriscou e passou por momentos difíceis. Viu a estranheza da situação de perto e se assustou. Se viu com os movimentos tolhidos. Na cidade grande não sabia como se locomover.
Tudo devido a senhora CARÊNCIA... Nossas carências... Quando ela bate qualquer pingo de mel é visto como colmeia. Precisamos nos fortalecer e analisar nossos sentimentos. Acreditar que somos responsáveis pela nossa felicidade e que devemos ser felizes por nós e não por causa do outro.
Construir projetos de felicidades calcado na nossa realidade que então se abre em muitas possibilidades. Muitas vezes maldizemos a rotina, não a olhamos com olhos criativos. Nos fechamos em nosso mundinho e só nos alimentamos de sonhos perdendo contato com a realidade. Sonhar é preciso. Deixar os sonhos voarem como pipa no espaço também é preciso, mas o carretel da linha deve estar em nossas mãos. A maturidade nos faz saber sonhar sem perder a magia. Mas...será isso possível?

domingo, 17 de outubro de 2010

Adoro o Orkut

Parece absurdo eu postar um comentário como esse sobre o Orkut. Na verdade eu deveria dizer sobre a web, que possibilita o orkut e outros programas parecidos que aproximam pessoas queridas que a vida levou para cantos diferentes.
As crianças cresceram, formaram suas famílias e foram... Os amigos muitas vezes tb. partem para longe. Aí entra o orkut na minha vida. Procuro e acho um amigo de infância que estava escondido num canto da memória, vejo espaços que trilhei, como escolas, e sei da vida que neles continua. Acompanho o desenvolvimento das novas gerações da família através das fotos postadas.
Fico feliz, minhas recordações ganham consistência e as saudades diminuem. Portanto dou um viva a tecnologia, concretização da mágica, pelo conhecimento do homem.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Significados... onde estão?

Significado... Caramba sei o que é: Definir, dizer o que são as palavras, esclarecer sua forma e sua mutação de acordo com o contexto. Mas... vou procurar no dicionário. Eis que acho o que já sabia. "Aquilo que uma língua expressa acerca do mundo em que vivemos ou acerca de um mundo possível. [Corresponde ao conceito ou à noção, ao passo que o significante corresponde à forma.]; Significado gramatical. 1Aquele que se estabelece dentro de um sistema linguístico determinado e que dele depende;Significado lexical. 1. Aquele que se estabelece em relação ao mundo biossocial e eu acrescento EMOCIONAL. Está aí a grande questão.
Viver é a arte de atribuir significação ao cotidiano, aos objetos, aos fatos, as relações, aos sonhos, desejos... Eis o grande nó. É fácil dar significado ao que é explícito, porém ao que nos toca intimamente e que muitas vezes não sabemos definir, não temos como exprimir, foge a concretude das palavras substantivadas e adentram no campo das nebulosas, do não sei explicar, não consigo definir...
Hoje a minha busca é o das palavra indefinidas que gostaria de conhecer para tornar explícito o que está implícito, mas que não se deixa apreender...meu dicionário oculto dos sentimentos não definidos... Que palavras me definem realmente, a que categoria gramatical pertencem? Nossa vida é um constante exercício de significação. Neste momento de vida estou mais atenta e me questiono. Que palavras estou colocando no meu dicionário da minha vida?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tempos de Copa

É a grande a expectativa de todos. O Brasil e seu futebol nos mobilizam. Confesso que fico nervosa e só corro para frente da TV quando o Brasil já fez pelo menos 1 gol. Fico na torcida, na reza, imaginando a agonia dos "santos" para atenderem tantos pedidos de lados diversos, pois é claro que o adversários apelam tb para sua fé.
O bom desses tempos é a união que ele traz. Vizinhos e amigos se reunem para ver, sofrer, torcer e esperar o momento de gritar GOLLLLLLLLLL!!!!!!. Para mim é o momento em que eu corro para TV. Escuto os gritos da sala e da vizinhança e me encho de alegria e tranquilidade. Isso porque eu não GOSTO MUITO de futebol. Fico imaginando que se eu gostasse realmente do esporte já teria enfartado de agonia. Mas como todo brasileiro estou na torcida. Vamos Brasil golear a Holanda!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Desespero...Solidão...

Hoje me sinto um tanto quando reflexiva, lutando com uma ponta de depre que tenta se estabelecer. Motivo aparente não há. Minha mãe que tanto me preocupava, já iniciou um tratamento e está esses dias, na minha casa de modo calmo e harmonioso. Aceitou a companhia da nossa antiga empregada, já uma amiga, o que me deixou tranquila com sua volta para casa. Não estará mais só.
Durante minha infância quase não convivemos. Morávamos no interior de São Paulo, numa cidade que na época, não oferecia condições para uma educação mais elaborada e portanto, minha irmã e eu, fomos para um colégio interno. Saída de quinze e quinze dias, se não ficássemos de castigo, o que volta e meia acontecia comigo. Portanto... poucas idas em casa. Hoje me parece que eu provocava esses castigos para ficar no colégio pois, minha convivência com ela era difícil. Quando terminei o ginásio e deixei o colégio, fui morar fora com meus avós, para continuar os estudos e nos distanciamos mais ainda. Eis que a vida nos coloca juntas novamente. Estou cuidando dela, que se tornou mais difícil com o passar da idade.
No entanto, participei de uma consulta dela com o geriatra e fiquei comovida com suas colocações, suas dores, sua solidão. Olhei minha mãe, envelhecida, com outros olhos. Tantos sonhos mortos, pois ela não soube construir novos. Tanta desesperança... me lembrei de uma escritora africana (Chimamanda Adichie: o perigo de uma única história), de quem ouvi uma palestra na internet que fala que construímos nossas histórias baseadas em poucos ou só um aspecto dos fatos e ignoramos o todo que pode mudar a história. Comecei a repensar a minha história em relação a ela. A compreender suas limitações e imaturidade. A de ver suas impossibilidades e agradeço aos amigos espirituais a oportunidade que a vida está nos dando, de refazermos nossas histórias.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Carnaval 2010 - Belém do Pará










Esse ano escolhemos Belém para passarmos o Carnaval. Fomos meio no susto, em cima da hora, juntar o útil com o agradável. Belém é a terra natal do Adilson, meu marido e eu não conhecia. Essa região do país sempre me atraiu. Tinha curiosidade de conhecer a floresta, os rios, a culinária...enfim, os sabores do Norte, que ao vivo e a cores, só conhecia o do meu marido embora os demais sempre esbarrassem na minha vida, seja através,leituras,feiras e relatos...
Belém é um cidade calma, para os parâmetros Rio/São Paulo e no carnaval fica mais calma ainda. Tem um charme "retrô" com muitas praças, coretos e monumentos. Parece parada no tempo e nos leva a esquecer um pouco a correria da modernidade. A ida a Mosqueiro, ilha próxima com suas praias de rio (delta do Amazonas), o Mangual das Garças, as Docas, antigo porto transformado em moderno shopping gastronômico a beira rio, os parques, o passeio pelos rios e a visita a comunidade ribeirinha em plena floresta encantam o visitante. O famoso mercado "Ver o Peso" nos espanta com uma profusão de cores e sabores que saltam aos nossos olhos aguçando o paladar. Tanto a experimentar... de tudo que comi a castanha ao leite, fresquinha com farinha dágua é inesquecível, assim como os sorvetes também. Vi e provei uma infinidade de peixes, experimentei o tacacá que adorei. Enfim, Belém me encantou.