Incrível só agora vi que essa postagem não foi publicada. É de fevereiro de 2016. Publico agora "fora do seu tempo" pois descreve emoções que vivi.
Chegou 2016
Ano passado quase nada escrevi ou nada mesmo. Foi um ano difícil, Minha netinha Sara ficou muito doente quase dois meses hospitalizada entre CTI e quarto. Momentos difíceis e doloridos. Dor por ela e seu sofrimento e por ver meu filho e nora desolados. Naqueles dias sentimos a solidariedade de tantos amigos e de amigos de amigos que não conhecíamos com o apoio de palavras de esperança e de orações doações de sangue que ela precisava seguidamente. Pessoas de várias religiões nos apoiaram com suas orações e serei eternamente grata. Como costumo dizer Religião é invenção do homem, regras, rituais..., mas a religiosidade é algo que brota dentro de cada um numa busca da essência divina que há em nós e na hora da oração é isso que conta. Foi com essa religiosidade e solidariedade com que contamos. Serei eternamente grata a todos.
2015 teve momentos bons tb. O primeiro foi comemorar em família os dois anos da Sara ainda em recuperação, mas já em casa e o outro foi participar do primeiro aniversário da minha outra netinha Manuela. Foi muita felicidade para mim participar desse momento. Estar com meu filho Leonardo e sua família, assim como meus outros filho e nora foi gratificante. Fazia tempo que não tirávamos uma foto de todos nós incluindo o pai de meus filhos. Estar com o Leonardo mesmo distante foi uma alegria íntima enorme assim como tb. estar com minha netinha no colo. Vou providenciar as fotos que estão no meu I pad para inserir aqui.
Minha mãe continuou como sempre foi. Insatisfeita e não sei porque ainda me incomodo com isso. Ela vai morrer assim. Implicando, esbravejando e gritando com tudo e com todos. Nada está suficientemente bom para ela. Comemoramos seus 89 anos em Catanduva, SP onde mora.
Em outubro voltei a Catanduva para os 90 anos do colégio onde praticamente cresci interna. Foi um reencontro com minha meninice e adolescência. Percorri o colégio onde praticamente cresci sob os olhares das freira. Só uma estava viva a irmã Gertrudes. A irmã Rosa eu não tenho certeza se foi da minha época. As de quem me lembro já desencarnaram. Ir Noemi, Ângela, Aloisia, Luisa, Maria de Jesus, Cândida e "Mamer" entre outras. Umas eu gostava muito, outras nem tanto, tinha uma puxa saco e por isso era muito ingrata com as demais. Minha ida para o colégio foi traumática para mim. Minha mãe dizia maravilhas, que todos os dias passearia de ônibus, nunca me levou para conhecer o local e quando fui fiquei de vez apavorada com um mulher vestida de preto (freira) que me levou para um refeitório cheio de meninas que me olharam ao mesmo tempo. Gelei, mas resolvi não chorar e encarar também. Não sabia o que pensar naquele momento confuso. Só pensava não tenho mais família, fui excluída. Assim cresci. Minha família núcleo passou a ser algo onde nunca consegui me integrar totalmente. Minha irmã foi um ano depois de mim para o colégio. Acredito que para ela foi mais fácil. Hj somos grandes amigas.Tínhamos direito a saídas a cada 15 dias e eu aprontava para ficar de castigo e não ir para casa. Adorava o colégio só para mim e mais umas ou duas meninas que não tinham família, ou família muito longe e por isso nunca ou quase nunca saíam. No colégio foi onde despertei para o trabalho voluntário. Quem se tornava "filha de Maria" acompanhava a irmã Ângela na assistência aos necessitados num bairro pobre toda semana. Eu mais que depressa, para sair, me tornei uma filha de Maria e adorei a atividade realizada na época na Vila Capim. Hj. agradeço ter ido para o colégio interno pois em termos de formação humanística acrescentou muito aos meus conhecimentos. Outros traumas fui me livrando em terapias por diferente momentos da vida. Na época foi o que minha mãe pode fazer. Lembro de uma cena do meu pai relutando em me internar, enquanto minha mãe falava maravilhas do colégio, mas foi voz vencida. Hoje por outro lado vejo como uma enorme sorte. Ganhei em termos de educação e informação, cultura humanista, estudo e leitura.
Chegou 2016
Ano passado quase nada escrevi ou nada mesmo. Foi um ano difícil, Minha netinha Sara ficou muito doente quase dois meses hospitalizada entre CTI e quarto. Momentos difíceis e doloridos. Dor por ela e seu sofrimento e por ver meu filho e nora desolados. Naqueles dias sentimos a solidariedade de tantos amigos e de amigos de amigos que não conhecíamos com o apoio de palavras de esperança e de orações doações de sangue que ela precisava seguidamente. Pessoas de várias religiões nos apoiaram com suas orações e serei eternamente grata. Como costumo dizer Religião é invenção do homem, regras, rituais..., mas a religiosidade é algo que brota dentro de cada um numa busca da essência divina que há em nós e na hora da oração é isso que conta. Foi com essa religiosidade e solidariedade com que contamos. Serei eternamente grata a todos.
2015 teve momentos bons tb. O primeiro foi comemorar em família os dois anos da Sara ainda em recuperação, mas já em casa e o outro foi participar do primeiro aniversário da minha outra netinha Manuela. Foi muita felicidade para mim participar desse momento. Estar com meu filho Leonardo e sua família, assim como meus outros filho e nora foi gratificante. Fazia tempo que não tirávamos uma foto de todos nós incluindo o pai de meus filhos. Estar com o Leonardo mesmo distante foi uma alegria íntima enorme assim como tb. estar com minha netinha no colo. Vou providenciar as fotos que estão no meu I pad para inserir aqui.
Minha mãe continuou como sempre foi. Insatisfeita e não sei porque ainda me incomodo com isso. Ela vai morrer assim. Implicando, esbravejando e gritando com tudo e com todos. Nada está suficientemente bom para ela. Comemoramos seus 89 anos em Catanduva, SP onde mora.
Em outubro voltei a Catanduva para os 90 anos do colégio onde praticamente cresci interna. Foi um reencontro com minha meninice e adolescência. Percorri o colégio onde praticamente cresci sob os olhares das freira. Só uma estava viva a irmã Gertrudes. A irmã Rosa eu não tenho certeza se foi da minha época. As de quem me lembro já desencarnaram. Ir Noemi, Ângela, Aloisia, Luisa, Maria de Jesus, Cândida e "Mamer" entre outras. Umas eu gostava muito, outras nem tanto, tinha uma puxa saco e por isso era muito ingrata com as demais. Minha ida para o colégio foi traumática para mim. Minha mãe dizia maravilhas, que todos os dias passearia de ônibus, nunca me levou para conhecer o local e quando fui fiquei de vez apavorada com um mulher vestida de preto (freira) que me levou para um refeitório cheio de meninas que me olharam ao mesmo tempo. Gelei, mas resolvi não chorar e encarar também. Não sabia o que pensar naquele momento confuso. Só pensava não tenho mais família, fui excluída. Assim cresci. Minha família núcleo passou a ser algo onde nunca consegui me integrar totalmente. Minha irmã foi um ano depois de mim para o colégio. Acredito que para ela foi mais fácil. Hj somos grandes amigas.Tínhamos direito a saídas a cada 15 dias e eu aprontava para ficar de castigo e não ir para casa. Adorava o colégio só para mim e mais umas ou duas meninas que não tinham família, ou família muito longe e por isso nunca ou quase nunca saíam. No colégio foi onde despertei para o trabalho voluntário. Quem se tornava "filha de Maria" acompanhava a irmã Ângela na assistência aos necessitados num bairro pobre toda semana. Eu mais que depressa, para sair, me tornei uma filha de Maria e adorei a atividade realizada na época na Vila Capim. Hj. agradeço ter ido para o colégio interno pois em termos de formação humanística acrescentou muito aos meus conhecimentos. Outros traumas fui me livrando em terapias por diferente momentos da vida. Na época foi o que minha mãe pode fazer. Lembro de uma cena do meu pai relutando em me internar, enquanto minha mãe falava maravilhas do colégio, mas foi voz vencida. Hoje por outro lado vejo como uma enorme sorte. Ganhei em termos de educação e informação, cultura humanista, estudo e leitura.