Algo que aprendi nessa vida foi a de deixar o outro ir quando quer partir.
Difícil aprendizagem. Dói muito, principalmente quando não queremos que o outro se vá. Na minhas dores, provocadas por partidas de quem eu ñ queria, repetia sempre para mim: Só pode voltar aquele que partiu... Se vc. pressionar e ele ficar como será? Assim suportei muita dor de partidas na minha vida imaginando chegadas que com o tempo, naturalmente, ñ eram mais desejadas. O cenário mudava, outro personagens
surgiam, amigos, amores... Mas, e a partida do filho querido? Seu afastamento? Sua decisão de viver longe, de me excluir da sua vida?!!! Respeitar essa decisão doeu muito. Quantas vezes quis chegar e lhe dar umas palmadas. Dizer que ele ñ foi filho de chocadeira. Falar, explicar... mas o que!?! Ser mãe ñ é nada fácil. Mãe muitas vezes se intromete mesmo. É difícil ver o barco do filho afundando, seu tombo na sua frente e... nada fazer...deixar cair??? As vezes acho que eu devia ter me metido sim e pra valer. Ter dito não em várias ocasiões. Sei que ñ fui a melhor mãe do mundo, mas tenho certeza de que fui a melhor que pude.
Dar tempo ao tempo... como foi e ainda é difícil. Rezar todos os dias para que Deus estivesse no seu caminho, para que meu carinho chegasse até ele em forma de oração. Conter minhas saudades respeitando sua decisão. Esperar o momento do abraço... que enfim chegou. O abraço meio acanhado que recebi e que encheu minha alma de alegria. Não era o abraço ainda que imaginei e continuo imaginando, mas foi o abraço possível.Tive novamente meu pequeno grande homem em meus braços.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Não abandonar meu blog
Estranho, criei o blog com uma vontade enorme de nele deixar minhas impressões diárias, semanais, mensais, anuais...e assim foi acontecendo. O tempo passando e eu nada escrevendo. Emoções vividas que ñ foram registradas como eu me propunha ao criá-lo. Mas pq. criei o blog??? Um diário para acompanhar minha maturidade? Maturidade...soa melhor que terceira idade. Um registro para que meus netos que ainda ñ nasceram, (só tenho filhos homens, dizem que custam mais a terem filhos) possam me conhecer um dia mais intimamente? Ou só a vontade de escrever, deixar os dedos correrem pelo teclado grafando os pensamentos? Saudades do velhos diários inacabados, pelados de tantas folhas rasgadas devido ao medo de que alguém descobrisse e lesse. Não havia esconderijo seguro. Sempre o medo, medo de ser exposta... E os cadernos de histórias? Tantos romances imaginários, personagens criados, cenários... Eu e Nair Heloísa, a amiga que me visitava todas as tardes, mesmo quando fiquei seriamente doente e escrevia as histórias que eu imaginava. Criávamos juntas. Teríamos dados boas noveleiras... Por onde será que ela anda? Saudades de vc. e das nossas histórias amiga.
Ontem a pena, a Parker 21, 51,... quanta esnobação. Eu e minha irmã erámos as poucas no colégio que tínhamos essas jóias raras. Adorava minha caneta. Odiava quando espalhava a tinta no trabalho pronto ou quase pronto. Depois esferográfica e hoje o teclado. Quando comecei usar o computador ñ conseguia escrever diretamente. Escrevia o texto no papel que, com suas fronteiras, limitava meus pensamentos, e depois digitava. Hj. estou teclando, deixando correr solto idéias e prosa fiada que vou tecendo comigo mesmo, fiquei desavergonhada, estou na Net
Ontem a pena, a Parker 21, 51,... quanta esnobação. Eu e minha irmã erámos as poucas no colégio que tínhamos essas jóias raras. Adorava minha caneta. Odiava quando espalhava a tinta no trabalho pronto ou quase pronto. Depois esferográfica e hoje o teclado. Quando comecei usar o computador ñ conseguia escrever diretamente. Escrevia o texto no papel que, com suas fronteiras, limitava meus pensamentos, e depois digitava. Hj. estou teclando, deixando correr solto idéias e prosa fiada que vou tecendo comigo mesmo, fiquei desavergonhada, estou na Net
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