Algo que aprendi nessa vida foi a de deixar o outro ir quando quer partir.
Difícil aprendizagem. Dói muito, principalmente quando não queremos que o outro se vá. Na minhas dores, provocadas por partidas de quem eu ñ queria, repetia sempre para mim: Só pode voltar aquele que partiu... Se vc. pressionar e ele ficar como será? Assim suportei muita dor de partidas na minha vida imaginando chegadas que com o tempo, naturalmente, ñ eram mais desejadas. O cenário mudava, outro personagens
surgiam, amigos, amores... Mas, e a partida do filho querido? Seu afastamento? Sua decisão de viver longe, de me excluir da sua vida?!!! Respeitar essa decisão doeu muito. Quantas vezes quis chegar e lhe dar umas palmadas. Dizer que ele ñ foi filho de chocadeira. Falar, explicar... mas o que!?! Ser mãe ñ é nada fácil. Mãe muitas vezes se intromete mesmo. É difícil ver o barco do filho afundando, seu tombo na sua frente e... nada fazer...deixar cair??? As vezes acho que eu devia ter me metido sim e pra valer. Ter dito não em várias ocasiões. Sei que ñ fui a melhor mãe do mundo, mas tenho certeza de que fui a melhor que pude.
Dar tempo ao tempo... como foi e ainda é difícil. Rezar todos os dias para que Deus estivesse no seu caminho, para que meu carinho chegasse até ele em forma de oração. Conter minhas saudades respeitando sua decisão. Esperar o momento do abraço... que enfim chegou. O abraço meio acanhado que recebi e que encheu minha alma de alegria. Não era o abraço ainda que imaginei e continuo imaginando, mas foi o abraço possível.Tive novamente meu pequeno grande homem em meus braços.
Um comentário:
Oh, querida!! A vida é assim mesmo: a gente cria os filhos com o maior carinho e eles so querem saber do mundo lá fora!!
Fica assim não. O grande barato e se renovar sempre! E como vc mesma disse: a minha hora vai chegar!!! Beijo grande
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