Quando estava nos quarenta tive a possibilidade de fazer o lifting facial (plástica)que fiz agora, mas como comentei na postagem anterior, na época decidi não fazer por não achar necessário. Naquele tempo me olhei no espelho e amei minhas marcas, não as quis de fora. Eram suaves imperceptíveis. Ainda não era hora. Eis o poema de então que denominei
MARCAS
O tempo mapeia meu corpo
esculpe meu espírito invisível.
Me olho no espelho
vejo caminhos de vida
carimbos de dor, alegria.
Marcas distintas,
expostas, escondidas,
algumas amigas,
surgiram movimentando vida.
Tentação,
mágica cirúrgica...
dribla o tempo
desfaz o mapa...
Me olho no espelho
vejo os traçados
e decido:
no momento
não os quero fora.
Só que hoje as coisa mudaram. Alguns traçados já estavam virando babado. Minha rugas no pescoço incomodavam. Quando decidi fazer a cirurgia me olhei no espelho novamente, atentamente, consciente dos 60 e vi além, as marcas da alma. Essas não quero fora, são partes de mim, da minha vida. Mas, as do corpo posso suavizar. Portanto suavizei, fiquei ótima, adorei.
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