Achei mais uns velhos caderno meus de poemas, alguns bastante amarelados.
Vou escolher alguns e postar. Fico pensando se eu abandonei a poesia pela rotina do dia a dia ou ela me deixou? Quero encontrar minhas rimas, ou melhor grafar minhas rimas porque elas estão sempre presente na minha vida eu é que não as vejo mais. Tenho estado preocupada com minha mãe que idosa não aceita tratamento, vive reclamando de tudo e de nós todos. Tem ainda autonomia, mas preocupa. Disfarça uma depressão e vai da euforia as lágrimas. Vida reclamando que não vê os momentos de alegria que marcaram sua vida e nem tudo que é feito por ela. Quero proteger, amar e não sei qual o caminho, nada satisfaz.
Penso na minha velhice, na realidade já estou velha pelo menos na idade 65, e tenho muito medo de me tornar amarga, pesada. Felizmente vivi outros tempos fiz outras escolhas. Escolhi viver participando da VIDA, aprendendo, ajudando, perdoando, pedindo perdão dos meus erros, trabalhando para melhorar a cada dia, assim enfrento outros tempos e me sinto produtiva, participante útil.
Lembro de um velho poema que fiz há muitos anos atrás
Velhice
Triste envelhecer
pronta, acabada
lindamente empacotada
dogmatizada...
Lindo envelhecer
vasculhando o espaço
questionando
aceitando
perdoando
amando...
Glória,
morrer viva!
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