terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Chegou mais um ano dessa minha etapa nesse tempo.
Mesmas dificuldades lidar com minha mãe idosa que não aceita a realidade da vida, não assume suas escolhas e falhas e  centra-se só em seus caprichos. Digo caprichos, porque suas necessidades  são atendidas. As emocionais já desisti de fazer mais do que posso. Pessoa inflexível, cheia de amargura, infelicidade,  que nada do que faço ou fazemos,  está bom para ela. Língua ferina.  Onde vai arruma problemas.  Hoje estou me convencendo disso e procuro aceitar. Quem não quer mudar permanece presa. Se isola e cria barreiras. Hoje entendo o ditado "quem é bom morre cedo". Lógico, aprendeu as lições da vida e pode partir para novas experiências. O que não aprende agir com compreensão, tolerância, flexibilidade se centrando no egoísmo e orgulho vai ficando por aqui para ver se aprende a agir diferente diante da vida. Na realidade essas pessoas sempre foram difíceis, com o tempo pioram.
A lei dos homens é falha. Não se pode obrigar ninguém, um idoso por exemplo,  a se tratar ou a tomar medicamentos. Por outro lado responsabiliza parentes pelos idosos. Ótimo quando o idosos  compreende suas limitações. Quando não quer compreendê-las  e faz o que quer, criando situações difíceis para a família que quer cuidar, amparar mas não consegue.
O bom dessa situação é que estou aprendendo a envelhecer de outra forma. Não serei um peso para filhos, netos, noras, enteados. Um casa de idosos é o melhor para passarmos nossa velhice. Procurar , visitar, se planejar e escolher é minha meta e de meu marido. Que venha a velhice, quer dizer, velhos já estamos na concepção do século passado XX . Por isso,  estamos  nos planejando para o momento que cada dia fica mais perto para envelhecer com paz e harmonia com nossos filhos, noras, netos e amigos.

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